A menina debruçada na janela trazia nos olhos grossas lágrimas e o peito oprimido pelo sentimento de dor causado
pela morte de seu cão de estimação. Com pesar observava atenta ao jardineiro a enterrar o corpo do amigo de tantas brincadeiras.
A cada pá de terra jogada sobre o animal, sentia como se sua felicidade estivesse sendo soterrada também. O avô que observava a neta, aproximou-se a envolveu em um abraço e falou-lhe com
serenidade:
- Triste a cena, não é verdade?
A netinha ficou ainda mais triste e as lágrimas rolaram em abundância. No entanto, o avô que desejava confortá-la chamou-lhe a atenção para outra realidade. Tomou-lhe pela mão e a
conduziu para uma janela oposta, localizada na ampla sala. Abriu as cortinas e permitiu-a que visse o jardim florido à sua frente e lhe perguntou carinhosamente:
- Está vendo aquele pé de rosas amarelas bem ali à frente? Lembra que você me ajudou a plantá-lo? Foi em um dia de sol como hoje que nós dois o plantamos. Era apenas um pequeno galho
cheio de espinhos e hoje veja como está lindo, carregado de flores perfumadas e botões como promessa de novas rosas.
Autor Desconhecido.
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